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quinta-feira, 20 de abril de 2017

BLUE WHALE - GAME

O que é o jogo "Baleia Azul" e como abordá-lo na escola

O desafio que circula entre os jovens assusta famílias e educadores. Já houve denúncias de alunos que tentaram suicídio depois de participar do jogo

por:
WS

Wellington Soares
20 de Abril 2017 - 13:47
Depois de "13 Reasons Why" ("Os 13 Porquês")uma série da Netflix que aborda os motivos que fizeram uma estudante do Ensino Médio tirar a própria vida, outra história entrou na conversa e na zona de atenção de famílias e educadores do país. É jogo Baleia Azul. A "brincadeira" funciona assim: oparticipante faz um pacto com os "curadores"responsáveis pelo jogo, e começa a receber desafios pelas redes sociais. De metas simples, como assistir a filmes de terror durante a madrugada ou atravessar uma rua de maneira lenta, elas se tornam mais perigosas com o tempo. Além de mutilar partes do corpo, reza a lenda que o desafio final é cometer suicídio. 
Quem tenta desfazer o pacto e parar de jogar sofre ameaças: "Os curadores dizem que vão perseguir e matar a família do participante", conta o Coronel Arnaldo Sobrinho, do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) da Paraíba, que afirma já ter recebido mais de 20 denúncias de pais, professores e adolescentes que estariam envolvidos com o jogo, colocando a vida em risco e até recebendo ameaças. 
"Jogos como esse surgem em ondas e não costumam ser muito discutidos em nenhum grupo social", afirma Telma Vinha, professora de Psicologia Educacional da Unicamp e colunista de NOVA ESCOLA. Para ela, é importante que todas as pessoas que convivem com crianças e adolescentes fiquem atentos a possíveis mudanças de comportamento. E essa tarefa, é claro, também envolve a escola.  "O mais importante é que gestores e professores identifiquem estudantes mais frágeis, que estão passando por dificuldades, e ofereçam a eles a possibilidade de ser escutados", diz a especialista. 
Leia cinco dicas para lidar com o assunto: 

Ilustrações: Alice Vasconcellos

1) Identifique alunos que precisem de ajuda 
Segundo Telma Vinha, alunos mais frágeis, que enfrentam dificuldades, têm tendência a aderir a desafios como os oferecidos pelo jogo Baleia AzulAs crianças são envolvidas por uma necessidade de se sentir valorizadas, pertencentes a um grupo, de fazer algo desafiador e de experimentar sensações fortes. 
Esses estudantes podem estar passando por situações difíceis. Por isso, é importante que a escola passe a observar de perto mudanças de comportamento. Jovens em sofrimento tendem a ter alterações no desempenho escolar, menos apetite (e, portanto, podem perder peso), se tornar mais tímidos e ter episódios repentinos de choro. "Também é comum que eles procurem um professor de quem eles gostem apenas para estar perto mesmo. Nesses momento, é comum que elas façam perguntas ou puxem assuntos que parecem não fazer muito sentido para o contexto", explica Telma. 
2) Crie canais de ajuda
Durante rodas de conversa, vale pedir que os alunos sugiram quais canais eles acreditam que podem ser importantes para que colegas procurem por ajuda dentro da instituição escolar. Vale discutir a diferença entre "delação" e "denúncia" com os jovens. É importante que os alunos criem confiança nos colegas para que se abram, mas que saibam que, em situações mais extremas – como em casos que podem acabar em suicídio --, acionar um adulto é fundamental. "Não se trata de ser dedo-duro, mas de pensar como podemos ajudar uns aos outros", diz Telma. 
3) Prepare a equipe para atender os estudantes 
"Escutar é diferente de ouvir", enfatiza Telma. A escuta precisa ser empática e considerar os sentimentos dos alunos. É comum que, ao encarar as reclamações dos estudantes, os adultos as diminuam ou menosprezem. Isso não pode acontecer. "Ela deve ser na direção do que o aluno sente e não se opor isso", recomenda a pesquisadora. 
 
4) Instrua as famílias Mais do que apenas acionar a família quando for identificado que um aluno está passando por um momento difícil ou aderiu ao jogo Baleia Azul, vale fornecer informações para os responsáveis sobre o tema. Listar as possíveis mudanças de comportamento é uma boa opção. Também é interessante reforçar que a escuta deve dar suporte ao jovem e não retaliar suas ações e sentimentos. Em alguns casos, vale destacar que ajuda especializada pode ser encontrada em postos de saúde e Centros de Atenção Psicossocial (Caps) 
 
5) Discuta abertamente o jogo
Se a escola identificar que algum aluno está participando do jogo ou que ele entrou na conversa dos estudantes, é importante discutir abertamente sobre o assunto. Telma Vinha, da Unicamp, sugere que, em rodas de conversa, o orientador educacional (caso haja essa figura na escola) ou o próprio professor faça perguntas como: 
  • O que sabemos sobre o jogo? 
  • O quanto disso será que é verdade? 
  • Por que os "curadores" têm interesse em manipular os participantes? 
  • Por que as pessoas participam do jogo? 
Compreendendo melhor essas questões, os estudantes podem repensar a vontade de participar ou não dele. Durante a conversa, procure não apresentar julgamentos. "Apenas chegar e dizer: 'isso é errado', 'não façam isso' afasta a possibilidade de diálogo com os estudantes", afirma a pesquisadora. 

sábado, 15 de abril de 2017

Frases em Inglês

All we need is love.

Tudo que precisamos é amor. 


Just believe in your dreams.

Apenas acredite nos seus sonhos.


Yes, we can!

Sim, nós podemos.


Don't be afraid to dream.

Não tenha medo de sonhar. 


Why walk on water when you can fly?

Por que andar sobre a água quando você pode voar?





segunda-feira, 10 de abril de 2017

Mapa-múndi ensina a maneira correta de pronunciar idiomas de acordo com a região de cada país

A ferramenta possibilita ouvir o som de vozes de diversas cidade do mundo, enviadas por voluntários

Se você já viajou para fora da sua cidade, com certeza deve se lembrar as diferentes maneiras que existem para se falar o português do Brasil. A essas diferenças damos o nome de sotaque. Cada região tem sua forma peculiar de falar, em alguns lugares se puxa o R, como no interior de São Paulo, em outros o S, como no Rio de Janeiro, em algumas áreas se fala bastante rápido, no Ceará, por exemplo, em outras se fala bastante devagar, como na Bahia. Em outros casos, as diferenças estão nas expressões usadas e, por isso, mesmo dentro do nosso próprio país, vez ou outra, fica difícil entender o que as pessoas estão falando. Ainda mais no Brasil, que tem dimensões continentais.

Pensando em facilitar a compreensão dos sotaques, David Ding, ex-engenheiro de softwares da Microsoft, criou o Localingual, um mapa interativo online no qual é possível ouvir trechos de falas de pessoas de diversas regiões do globo. Clique aqui e veja o mapa interativo.
Com ele é possível ouvir não só as diferenças entre o português de um gaúcho e de um paraibano, mas também entre um falante de francês de Paris ou de Québec, no Canadá, por exemplo.
O site mostra um mapa-múndi com todos os países. Conforme se dá um zoom na imagem, as divisões administrativas internas — Estados, no caso do Brasil —, assim como algumas das principais cidades, são destacadas. Ao clicar nelas é possível ouvir o som de vozes locais. Do lado esquerdo da tela, clique no botão “listen to voices from this region” e uma aba com diversas frases se abrirá. Aperte nas carinhas (de homem ou mulher) que aparecem e ouça o som das vozes locais.
O site foi ao ar no início de 2017, e as gravações são enviadas por voluntários. Por isso, mesmo com mais de 18 mil diferentes gravações, ainda há diversos locais com poucos ou nenhum exemplo de falas.
Segundo o criador do Localingual, o objetivo é fazer com que o site, que é mantido à base de doações, se transforme em uma “Wikipédia das línguas e dialetos”, que poderia ser consultada por qualquer interessado em aprender a pronunciar as palavras de acordo com a região do globo.